El Chavo del Ocho (
Chaves no
Brasil e em
Angola) é uma famosa
série de televisão cômica mexicana criada e protagonizada por
Roberto Gómez Bolaños e produzida pela
Televisión Independiente de México (posteriormente,
Televisa) e exibida pela primeira vez em
20 de junho de
1971 no
Canal 8.
[1]
A série relata as experiências de um grupo de pessoas que moram numa vila mexicana, onde seu protagonista,
El Chavo, realiza brincadeiras com seus amigos ocasionando mal-entendidos e discussões entre os vizinhos, num tom geralmente cômico. O
roteiro veio de um
esquete escrito por Bolaños onde uma pobre criança de oito anos discutia com um vendedor de balões em um parque.
[4]
Ele deu importância ao desenvolvimento dos personagens, aos quais foram
distribuídas personalidades distintas. Desde o início, seu criador
percebeu que o seriado seria destinado ao público adulto, não ao
infantil, mesmo se tratando de adultos interpretando crianças.
[1] O elenco principal é composto por Bolaños,
María Antonieta de las Nieves,
Ramón Valdés,
Florinda Meza,
Carlos Villagrán,
Edgar Vivar,
Rubén Aguirre,
Angelines Fernández,
Horacio Gómez e
Raúl Padilla.
[5]
O sucesso de
El Chavo del Ocho foi tal que em 1973, foi difundido em vários países da
América Hispânica, obtendo altos índices de audiência.
[6] Estima-se que em 1975, foi visto por mais de 350 milhões de telespectadores a cada semana.
[2]
Devido a popularidade, o elenco realizou uma turnê internacional que
abrangeu vários países onde era transmitido na época, numa série de
apresentações onde dançavam e atuavam no palco ao vivo.
[7] Em 1978, Villagrán deixou o programa por conflitos com Bolaños, devido à autoria de seu personagem
Quico,
[1]
e no ano seguinte, Valdés fez o mesmo, devido a razões pessoais.
Valdés, no entanto, retornou ao programa pouco tempo depois. A última
transmissão do seriado foi em 1º de janeiro de 1980, entretanto
continuou como um quadro do programa
Chespirito até 12 de junho de 1992.
[2] A frequente ocorrência de expressões idiomáticas mexicanas tornou
El Chavo del Ocho muito difícil de traduzir para outras línguas, exceto para o
português, que é muito similar ao espanhol. Bolaños considerou que o impacto da série em outros países era devido ao sucesso de
El Chapulin Colorado.
[8]
No que diz respeito à crítica, obteve uma recepção essencialmente
negativa nas suas primeiras exibições, já que o seu conteúdo era
classificado como "vulgar",
[9] "idiota", "fútil", "alienante"
[1] e "não recomendável".
[10]
Um dos temas que mais críticas negativas levantou, foi a violência
explícita através de golpes e insultos entre alguns dos personagens.
[11][12] Contudo, outros meios garantiram um aspecto positivo de
El Chavo del Ocho
que era a utilização de "situações universais" com as quais o público
pode se identificar facilmente, independentemente da idade e
nacionalidade.
[13]
Apesar de sua conclusão no início da década de 1990, a série foi
transmitida continuamente em vários países desde então. Em 2011,
tinha-se conhecimento de vinte países que ainda o emitiam como parte de
sua programação regular.
[2] Em 2006, foi estreada a sua versão
em desenho animado, um programa baseado nesta série, cujo criador e produção, são os mesmos. Nesta versão,
Chiquinha não faz nenhuma aparição já que sua intérprete
Maria Antonieta de las Nieves enfrentou
Bolaños por direitos autorais.
[14] Entre alguns produtos derivados do programa, incluem o livro
El diario del Chavo del ocho, o musical
El Chavo animado - Show en vivo (estreado em 2010), um vídeo-jogo para
Wii lançado em 2012, assim como aplicativos para
Facebook e dispositivos móveis da
Apple. A cultura popular de
El Chavo del Ocho continua com o
status de ser um dos melhores programas de entretenimento mais reconhecidos
[15] e com mais sucesso na televisão espanhola.
[16]